O TH40 é um teclado mecânico 40% (ou ultra-compacto) com teclas individuais em tamanho e
espaçamento normais, feito pela Epomaker, com 40 teclas, 4 camadas configuráveis
usando o aplicativo VIA, que conecta via USB, Bluetooth (memoriza até 3 dispositivos) e
um plug remoto (de uso opcional) para conexão sem fio via USB 2.4GHz.
Meu teclado TH40, ao lado das anotações que eu fiz durante sua configuração.
O meu teclado TH40 foi configurado em 3 camadas (layers), sendo a primeira delas ativada
por default, e as outras duas acessíveis por teclas modificadoras:
Camada 0: default.
Camada 1: manter pressionada a tecla ▲ - ênfase em acentuação e pontuação.
Camada 2: manter pressionada a tecla Espaço da direita - ênfase em números e teclas de função.
Camada 3: disponível para expansão futura.
Fisicamente, o conjunto de teclas da foto acima, bem confortáveis e com look
intencionalmente vintage – que eu usei para substituir o (também confortável) conjunto
que acompanha o produto –, se chama KBDiy GMK Rome Keycap SA Profile.
Mapas
Na configuração inicial, os meus mapas das 3 camadas foram configurados assim:
Mapa da layer 0 configurada no aplicativo VIA
A camada zero, que é a default, corresponde aos símbolos apresentados nas teclas físicas,
com 4 exceções intencionais referentes às teclas do canto inferior direito, que apresentam
fisicamente os símbolos da tradicional repetição à direita das teclas modificadores da
esquerda (shift, control, etc.).
No lugar delas, a camada zero oferece as teclas de setas, ausentes da representação
física (e as repetições das modificadoras estão disponíveis na camada 1, se necessário).
Além disso, temos 3 exceções temporárias: por limitações das teclas físicas que
eu encomendei à parte em outro lugar (i. e. ainda não chegaram as teclas complementares
que eu encomendei e precisei me virar com as que cabiam nos seus lugares), os símbolos
impressos nas teclas Esc, Tab e Backspace não correspondem a elas. Isso será corrigido
quando a logística entregar as teclas.
Camada 1: Acentuação e pontuaçãoAcentuação e pontuação - Mapa da layer 1 configurada no aplicativo VIA
A camada 1 é acessada mantendo pressionada a tecla ▲ (representada no mapa
pelo código 0x5f10), e tem vários conjuntos de símbolos, que veremos em fileiras, de
baixo para cima:
Fileira de baixo, à esquerda: acentos inacessíveis na camada 0: ~,
^, ` e " – nota: o ' é visível na layer 0.
Fileira de baixo, à direita: pontuação e estrutura. Nas teclas físicas da vírgula e
do ponto estão, respectivamente, ; e /. À esquerda delas está um
grupo contendo \, [ e ].
Fileira do meio, à esquerda: 3 teclas de ativação (toque curto) ou pareamento (toque
longo) das 3 conexões Bluetooth suportadas (o teclado precisa esta rno modo BT, na chave
física na sua parte traseira), e uma tecla para a função Reset, que equivale a
desligar e ligar.
Fileira do meio, à direita: na extremidade, e logo abaixo de onde viriam em um
teclado nativo, estão as teclas - e =. Ao lado delas, temos um
par de atalhos para símbolos comuns da Internet: # e @.
Fileira de cima: teclas numéricas tradicionais (1 a 0).
Outros detalhes da camada 1:
Barra de espaço à esquerda: mostra a carga da bateria (nos leds das teclas da fileira
QWERTYUIOP). Indisponível em conexões físicas/USB.
Barra de espaços à direita: liga ou desliga a iluminação das teclas.
Canto inferior direito: espelhos das teclas modificadoras (shift, control etc.)
Tab: acesso secundário ao `, que em um teclado físico estaria naquela posição.
Esc: função Caps lock.
Backspace: função Del.
Camada 2: Números e teclas de funçãoNúmeros e teclas de função - Mapa da layer 2 configurada no aplicativo VIA
A camada 2 é acessada mantendo pressionada a tecla Espaço à direita, e tem
vários conjuntos de símbolos, que veremos por regiões:
Fileira de cima: Teclas de função F1 a F10.
Lado esquerdo: Números de 1 a 5 e de 6
a 0.
Lado direito, fileira do meio: controle da iluminação e dos efeitos visuais
(reduz e aumenta brilho, alterna efeitos).
Lado direito, fileira de baixo: símbolos de uso frequente em operações
numéricas.
Configuração
Registrei os passos da configuração, para o caso de ser necessário voltar a fazê-la no
futuro. O essencial: o manual impresso que acompanhou o meu produto está desatualizado e
mandou realizar passos no aplicativo de configuração que não são mais necessários
(aparentemente o arquivo de definições disponibilizado pelo fabricante evoluiu após
a impressão - e no site do fabricante há um
manual atualizado em PDF).
Conteúdo da caixa do meu TH40
Passo 1: Download da definição de teclado. É necessário fazer o download que corresponde
ao modo de configuração desejado, e isso se refere à forma como será executado o ato de
configurar, e não a como o teclado será utilizado.
Eu configurei usando o aplicativo VIA,
conectado pela porta USB física, e por isso baixei o arquivo
Epomaker TH40 VIA V3 USB
(também em cópia local), mas estão disponíveis
no site do fabricante também arquivos para quem vai usar o VIA por meio de conexão sem
fio, e para quem vai usar o QMK diretamente (e talvez haja outros além desses).
Passo 2: Download do aplicativo VIA. Embora seja perfeitamente possível
usar o VIA sem instalar nada (desde que navegador tenha
suporte a WebHID), a instrução do fabricante é instalar uma cópia local do VIA, e para isso
eles oferecem seu próprio download
do VIA 3.0.
Mais uma vez, o manual impresso diverge da instrução do site do fabricante: ele
orientava a buscar o VIA no Github, em https://github.com/WestBerryVIA/via-releases/releases
(mas parece ser o mesmo software). Preservei uma
cópia local do arquivo do VIA que eu baixei (para Mac).
Passo 3: Instalar o VIA. Eu usei o VIA para configurar o TH40 com
sucesso, tanto pelo navegador quanto pelo VIA instalado – mas sempre com cabo USB
conectado, não experimentei como seria configurar usando o modo wireless (ao final, a
configuração feita é válida para qualquer modo de conexão).
Instalar no Mac exigiu o usual balé necessário a autorizar a execução de
aplicativos não assinados pelo desenvolvedor. E, no Mac, um dos navegadores que podem
ser utilizados (por incluir suporte a WebHID), para quem preferir não instalar o VIA, é o
Chrome.
Passo 4: Usar o VIA. Tanto pelo navegador quanto pelo VIA instalado, os passos
são basicamente os mesmos: (1) No Via, vai na aba Setting e ativa a opção Show Design Tab;
(2) Na aba Design, clica em Confirm se necessario, e aí em Load, e carrega a
definição do teclado, em JSON. (3) Vai na aba Configure, autoriza o pareamento, e
configura o que cada tecla vai fazer em cada camada.
Mais uma vez, o manual impresso manda fazer alguns passos adicionais, sobre
ativação de itens deprecated, mas está desatualizado, e essa ativação não deve
ser feita.
Por outro lado, o fabricante fez um bom trabalho ao documentar no seu site as dicas
para quem não conhece o VIA: tem um
guia básico
(cópia local)
e um guia intermediário
(cópia local), e o ideal é ler ambos.
Nota: durante a configuração de teclados no VIA, as modificações são transferidas e
aplicadas imediatamente a cada passo, então sugiro fazer bom uso do
recurso de salvar configuração, no próprio VIA, para gravar uma cópia do estado inicial
e de estados intermediários, podendo assim recuperar com facilidade em caso de erros.
Além disso, documentar seus passos com prints e anotações pode ajudar, pois são
muitas teclas, e elas serão multiplicadas pelo número de layers!